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Artigos do Professor Fábio Mestriner
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Novembro/2018

Inteligência na embalagem
ARTIGO POR FABIO MESTRINER


Um tema recorrente que aparece nas conversas que tenho sobre embalagem com profissionais, alunos e empresários do setor é porque a contribuição que a embalagem oferece às empresas é tão pouco percebida e valorizada? 

Não é de hoje que este tema está em pauta e ele me preocupa tanto que já gastei muito fosfato, tinta, papel e lápis de cor tentando mapear os porquês desta visão – que reputo ser no mínimo míope – ainda persistir entre a maioria dos que atuam no setor de embalagem no Brasil.
Agora, passando a régua nas iniciativas, trabalhos e atividades que desenvolvi nestes mais de 30 anos de atuação nesta área, me deparei com o que tem sido o pano de fundo do que tenho feito para entender melhor esta questão.

Na verdade, sempre procurei formas mais inteligentes de aproveitar o enorme potencial de contribuição que a embalagem pode oferecer e esta tem sido a linha mestra do meu trabalho. Sempre coloquei foco em utilizar a embalagem em todo seu potencial e por isso, fui descobrindo que ela vai muito além de suas funções básicas de conter, proteger e transportar o produto…

Primeiro foi com o design que considero o componente fundamental e integrador de todo o processo de criação e produção das embalagens, pois a embalagem é ao mesmo tempo expressão e atributo do conteúdo. Por meio de seu desenho ela posiciona o produto, agrega valor e transforma o que seria apenas uma mercadoria, numa entidade cheia de significados.

Depois veio a utilização da embalagem como ferramenta de marketing, veículo de comunicação e elo de conexão com a internet, tema que considero extremamente atual e no qual fomos pioneiros no Núcleo de Estudos da Embalagem que coordenei na ESPM.

Foi uma árdua jornada até conseguir juntar tudo isso com o aprendizado acumulado ao longo dos anos trabalhando com algumas das maiores e melhores empresas do nosso mercado, mas afinal consegui reunir tudo num programa que integra estes aprendizados de forma organizada operacionalmente para utilizar a embalagem em todo o seu potencial.

Sempre considerei que não era muito inteligente ter dentro de casa um recurso tão valioso e não utilizá-lo da melhor maneira possível, por isso chamei o programa de ‘Programa de Inteligência na Embalagem”.

Este programa começou a ser aplicado em 1998 logo depois que fundei minha agência Packing Design. Foi neste ano que apresentei à CSN a proposta e ela aceitou aplica-lo nas latas de aço, segmento para o qual fornecia as folhas de flandres que produzia.

Daí para a frente, ficou evidente que quando se tem uma abordagem estruturada das funções que a embalagem realiza, os resultados são bem melhores que quando não fazemos isso e utilizamos apenas suas funções básicas ou obtemos só uma parte da contribuição que a embalagem pode oferecer.

Desde então, o Programa de Inteligência na Embalagem vem sendo aplicado tanto em sua versão completa como em versões customizadas tanto em empresas fabricantes de embalagem ( B2B ) com naquelas que as utilizam no B2C.

O princípio básico que está por trás do programa é o fato da embalagem ser um componente da estrutura de custo de um produto e por isso mesmo, seu custo já está embutido em seu custo final, o que faz dela uma ferramenta de marketing, um veículo de comunicação e um poderoso elo de conexão com a internet a custo praticamente zero.

É inteligente ter tudo isso a disposição e não utilizar da melhor maneira possível?

Qual empresa nos dias de hoje pode se dar ao luxo de desperdiçar recursos tão importantes como estes?

E foi para responder a estas indagações que publiquei no livro Gestão Estratégica de Embalagem um capítulo que apresenta em detalhes as ferramentas e o esquema básico de funcionamento deste programa mencionado acima.

Meu objetivo é chamar a atenção das empresas para esta possibilidade de utilizar ao máximo o potencial de suas embalagens e com isso apresentar uma saída para a discussão mencionada no início deste artigo.

A embalagem é pouco aproveitada porque não se conhece o quanto ela pode contribuir. Não podemos mais utilizar um recurso tão preciso apenas para “carregar o produto”. A forma mais inteligente de aproveita-lo é fazer com que a embalagem ajude o negócio da empresa. Mas aí surge uma nova pergunta: como afinal a embalagem ajuda o negócio da empresa?

Ela consegue ir além de suas funções básicas e atua como ferramenta de marketing, veículo de comunicação e elo de conexão com a internet.
E como o design contribui?

O design é o componente integrador de todo o processo e é ele que dá a embalagem as características e funcionalidades que permitem que estas ferramentas sejam aplicadas.

O Programa de Inteligência na Embalagem tem o design como ponto de partida e pilar estrutural, a ferramenta que está moldando o pensamento de negócios no século XXI.

 

 




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