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Artigos do Professor Fábio Mestriner
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Julho/2020

ARTIGO POR FABIO MESTRINER


Introdução em 5 de julho de 2020.

Ao ler a notícia que o Brasil acaba de bater novamente o recorde de produção agrícola e se tornou o maior exportador mundial de alimentos, me veio de volta a mesma preocupação que eu tinha no início do século e que mantenho viva até hoje.

Fui então procurar em meus arquivos dos tempos em que empreendi uma verdadeira cruzada tentando conscientizar as pessoas para o tema deste artigo de 2004 que estou republicando no original, sem nada acrescentar e sem mudar uma vírgula de lugar, na esperança de encontrar agora maior receptividade para o tema e disposição das lideranças empresariais de nosso país em fazer valer sua força agregando valor a esta imensa produção de alimentos de que o mundo tanto necessita.



O Brasil cresce com Embalagem

 

Ter uma indústria de embalagem forte e tecnologicamente qualificada é um requisito fundamental da economia moderna.

Sociedades desenvolvidas demandam cada vez mais e melhores embalagens e elas passaram a indicar o estágio de desenvolvimento material de uma nação.

Isso acontece porque para conter, proteger e transportar os produtos são necessárias embalagens de qualidade oferecidas pelas indústrias nas mais variadas especificações.

As grandes cidades com sua enorme massa de milhões de consumidores só se tornaram possíveis com as embalagens de alimentos processados, pois seria inviável seu abastecimento diário com produtos frescos.

A globalização, o comércio internacional e o grande trânsito de mercadorias pelo mundo também contaram com as embalagens para se desenvolverem.

Países que querem competir neste novo cenário precisam de boas embalagens e o Brasil é um país que vem buscando aumentar suas exportações e vem abrindo novos mercados para seus produtos.

Felizmente, a indústria brasileira de embalagem está preparada para colocar nossos produtos em competição em qualquer mercado do mundo.

Este é um setor em que o país não está atrasado. Nós temos hoje as tecnologias mais difundidas e a qualidade para atender os mercados mais exigentes e produzimos quase todas as matérias-primas estratégicas.

Dos trinta e dois maiores grupos mundiais do setor, vinte e três deles têm fábricas no Brasil e as indústrias nacionais têm acompanhado o nível e o padrão destes líderes internacionais.

Uma indústria de tecnologia por excelência como é a de embalagem precisa estar sempre em busca de inovação e isso também vem sendo feito no país. Dispomos, inclusive de um Centro de Tecnologia de Embalagem, o CETEA de Campinas, que está entre os melhores do seu gênero no mundo. Também o design que aqui se produz já alcançou o nível internacional e, a exemplo do que acontece com a nossa propaganda, vem conquistando prêmios internacionais por sua criatividade.

Isto tudo nos coloca diante de um fato que precisa ser considerado. Se temos uma indústria qualificada e equipada porque é que continuamos a exportar grande parte de nossa produção agrícola na forma de commodities, sem embalagens ou em embalagens de grande porte para que eles sejam processados e embalados pelo mundo afora.

Não podemos mais exportar suco de laranja em navios tanques, açúcar e café em sacos de sessenta quilos.

O Brasil precisa exportar cada vez mais seus produtos embalados para agregar valor e levar nossas marcas aos mercados internacionais.

Ao embalar os produtos para atingir diretamente os consumidores, estaremos movimentando uma importante cadeia produtiva que gera riqueza, empregos e valor econômico.

O Brasil, seus empresários, associações empresariais, câmaras de comércio e as autoridades governamentais precisam se conscientizar e colocar em seus programas de trabalho estes objetivos.

Ao oferecer aos nossos produtos as melhores embalagens, estaremos tornando-os mais competitivos e dando um grande impulso para o crescimento que o nosso país tanto precisa.

 

Fábio Mestriner
Presidente da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem
www.abre.org.br
Artigo original de 11 de novembro de 2004 e assinado como presidente da ABRE que eu era na época

 


Fabio Mestriner
Designer – Professor – Escritor
Autor de livros didáticos sobre embalagem adotados por mais de 30 universidades
Professor na ESPM consulting

 


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